Se Steve Nash não for a estrela mais simpática que já entrevistei, merece estar na conversa.
Acho que já contei, no blog que tive no IG, uma história que aconteceu durante a Copa América de basquete de 2001, em Neuquén (ARG).
Mas aí vai:
Todos os times estavam hospedados no mesmo hotel, o único da cidade que oferecia condições. Marcamos uma entrevista com Nash, que liderava a seleção canadense na tentativa de uma vaga ao Mundial de Indianapolis.
Na saída de um treino, Nash disse que estaria no lobby depois do almoço. E lá ele estava. Câmera, luz e microfones prontos para a gravação, a dinâmica natural da conversa entre um repórter e um jogador de basquete se inverteu.
Steve Nash tinha várias perguntas. Todas, sobre o mesmo assunto: futebol.
Só queria falar de Ronaldo, Rivaldo, da Seleção e do futebol brasileiro.
Num determinado momento, me preocupei com a entrevista (a minha, com ele) e perguntei se Nash tinha pouco tempo para ficar ali. Ele disse que não tinha problema nenhum.
Gravamos a entrevista e depois continuamos a falar de futebol, quando ele contou sobre sua paixão pelo Tottenham (herança do pai, inglês) e sobre a carreira semiprofissional de seu irmão, Martin, que jogou na seleção do Canadá.
“Basquete é minha profissão. Meu esporte é o futebol”, disse ele.
Ele está diretamente envolvido com o futebol hoje, como dono de clube.
Nash é um dos proprietários do Vancouver Whitecaps, que estreou na Major League Soccer no último fim de semana.
Aqui está ele, uniformizado e no meio da torcida, agitando antes do jogo contra o Toronto FC, sábado passado.
Entre os outros donos do time, estão os empresários Steve Luczo (acionista do Bostos Celtics, da NBA) e Jeff Mallet (acionista do San Francisco Giants, da MLB).
Paul Barber, que trabalhou no Tottenham, é o principal executivo do clube.
Diferentemente dos outros times de futebol dos Estados Unidos e do Canadá, o Vancouver Whitecaps é administrado seguindo o modelo dos clubes europeus.
O plano, ousado, é ser um dos 25 principais times do mundo em 5 anos.