A derrota do Brasil para os Estados Unidos (70 a 68), ontem no Mundial de Basquete da Turquia, é desses jogos que significam bem mais do que o resultado.
Se os americanos, que levaram seu time B a Istambul, saíram da quadra dizendo que “é na adversidade que se conhece um grupo”, os brasileiros podem afirmar que tiveram uma atuação reveladora.
Mais do que perder de pouco, o Brasil poderia ter vencido, o Brasil quase venceu. E não porque o adversário não encarou o jogo com a devida seriedade, ou teve um desempenho ridículo.
Esse time americano, que tem todas as condições de ser campeão mundial, tem mostrado uma força defensiva que o assistente técnico Jim Boeheim classifica como “comparável ao time (que venceu a Olimpíada) de Pequim”.
O Brasil mostrou um plano tático muito bem armado pelo excelente técnico que tem, e bem executado pelos jogadores. Não vimos o desespero diante de uma defesa forte, os chutes apressados. Vimos um time que cadenciou o ritmo do jogo com inteligência.
No final, não deu. Paciência. O Mundial segue.
Os próximos jogos mostrarão se o “espírito de franco-atirador” desempenhou um papel importante no aspecto psicológico da seleção brasileira.
Tomara que não. E que esse time que temos hoje possa encarar qualquer adversário.